terça-feira, 22 de março de 2016

Cientistas Removem HIV das células com Edição Genética

Pessoal,

Acaba de sair no sita da revista Superinteressante:

Cientistas desligaram totalmente a Multiplicação do HIV
POR Pâmela Carbonari ATUALIZADO EM 22/03/2016
Imagine pegar uma célula humana, tirá-la do corpo, alterar sua função e colocá-la de volta para evitar a multiplicação de uma doença. Foi isso que pesquisadores da Universidade Temple, EUA, fizeram para remover células da aids. Eles eliminaram o HIV a partir do genoma de células humanas. E o melhor, quando essas células foram expostas ao vírus, estavam protegidas contra a reinfecção.
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O método utilizado pelos cientistas é o CRISPR/Cas9. A técnica consiste em direcionar proteínas "editoras" para seções específicas do DNA de uma célula. O nome CRISPR refere-se a uma sequência específica de DNA retirado de um organismo unicelular – como uma bactéria – que faz par com uma enzima guiada por RNA: a Cas9.
Passo-a-passo
Para editar o DNA do vírus dentro de uma célula humana, coloca-se uma bactéria para identificá-lo e produzir uma fita de RNA idêntica ao código do DNA viral. Esse RNA-guia vai se juntar à enzima Cas9 para caçar os vírus com o DNA codificado e destruí-los.
Usando essa técnica, os pesquisadores eliminaram o DNA HIV-1 do genoma de linfócitos T (glóbulos brancos que atuam na imunidade do organismo) humanos cultivadas em laboratório. E quando essas células foram expostas novamente ao vírus, estavam protegidas contra reinfecção.
Apesar dos cientistas já terem testado outras formas de edição genética antes, esta é a primeira vez que se descobre como evitar novas infecções. E quando se fala de HIV, isso é fundamental para melhorar os tratamentos e desenvolver medicamentos anti-retrovirais, porque quando os pacientes param de tomar esses remédios, o HIV volta a sobrecarregar as células - com o CRISPR/Cas9, esse processo pode ser barrado sem efeitos tóxicos.
No Reino Unido, o uso da CRISPR/Cas9 foi aprovado recentemente em embriões humanos para melhorar a qualidade das fertilizações in vitro e reduzir o número de abortos.
No início deste ano, pesquisadores norte-americanos utilizaram a técnica em ratos de laboratório para tratar uma doença genética rara, a Distrofia Muscular de Duchenne. A pesquisa foi o primeiro caso de sucesso da CRISPR/Cas9 em mamíferos vivos e indica o potencial do tratamento para o HIV no futuro.

http://super.abril.com.br/ciencia/cientistas-removem-celulas-de-hiv-com-edicao-genetica


P.V

quarta-feira, 16 de março de 2016

Resultados Detalhados do Estudo da Fase IIA da Vacina Candidata Contra o HIV da Biosantech

 postado em 15/03/2016 23:07
Os resultados detalhados do estudo da fase IIA da vacina candidata contra o HIV de Biosantech que tinha por objetivo principal demostrar a redução de uma nova manifestação virêmica e uma nova manifestação do ADN pró-viral após uma pausa momentânea da triterapia acabaram de ser publicados pela revista científica Retrovirology. Os resultados comprovam especialmente que três pacientes ainda têm DNA viral não detectável, 24 meses após a vacina candidata ser injetada. Fortalecidos por estes resultados, a Biosantech anuncia sua intenção de passar a uma avaliação de grande escala durante o ano 2016 a fim de poder solicitar a Autorização de Introdução no Mercado (AMM, em francês) a partir do segundo semestre de 2018.

Entrevista coletiva por Corinne Treger: quinta-feira, 16 de março de 2016 às 11h ? Hotel Sofitel de Marselha, Vieux Port ? 36 boulevard Charles Livon 13007, Marselha, França
Biosantechanuncia hoje a publicação na Retrovirology sobre os resultados detalhados do seu estudo de eficácia clínica da fase IIA de sua vacina candidata contra o HIV contendo a proteína Tat Oyi e elaborada com base nos trabalhos do Professor Erwann Loret.
Estes resultados comprovam que com a dose injetada de 33µg, uma eficácia global de cerca de 60% reduziu uma nova manifestação do ARN e do ADN pró-viral após uma suspensão momentânea do tratamento nos pacientes infectados pelo HIV.Os resultados comprovam igualmente e sobretudo, que três pacientes ainda têm o ADN viral não detectável, 24 meses após a injeção da vacina candidata.
Portanto, estes resultados confirmam o efeito benéfico da vacina candidata não somente na viremia, mas também nas células de reserva do vírus. Desta forma, associada à triterapia com o objetivo de eliminar as células de reserva, ela poderá curar a AIDS definitivamente nas pessoas infectadas.
As análises dos eventos adversos sérios durante o estudo mostram taxas de notificação parecidas entre o grupo de vacinados e o grupo testemunha. Resultados conformes ao perfil de tolerância favorável observados durante os 12 meses de vigilância ativa do estudo de eficácia anterior realizado na Assistência Pública dos Hospitais de Marselha (APHM, em francês)."O fato de ter à disposição uma vacina que vem em complemento aos antirretrovirais é um grande avanço do tratamento anti-HIV", explica a Dra. Isabelle Ravaux, investigadora principal do estudo na APHM. O programa de estudo clínico de eficácia das fases I e IIA da vacina candidata anti-HIV da Biosantech foi realizado em cerca de mais de 50 voluntários da região de Marselha. A Biosantech fará um pedido de estudo em fase III de sua vacina candidata e sob condição da aprovação das autoridades regulamentares e dos resultados em grande escala, a primeira vacina contra o HIV poderá estar disponível a partir do segundo semestre de 2018. Uma vacina que satisfará às necessidades medicais urgentes nas regiões de grande epidemia do mundo e também à necessidade de erradicar as reservas do HIV nos pacientes que recebem tratamentos antirretrovirais.
O texto no idioma original deste anúncio é a versão oficial autorizada. As traduções são fornecidas apenas como uma facilidade e devem se referir ao texto no idioma original, que é a única versão do texto que tem efeito legal.
Ver aqui a publicação na íntegra:http://www.businesswire.com/news/home/20160315006868/pt/
Contato de imprensa: BIOSANTECH Stéphanie Lefebvre, +33 (0)1 46 99 10 83 slefebvre@aromates.fr
CB

sexta-feira, 11 de março de 2016

Injeção a Cada 2 Meses Será o Futuro para Tratamento da Aids

04/03/2016 - 16h50
Uma injeção intramuscular composta por uma combinação de dois fármacos, que será administrada a cada dois meses, se tornará nos próximos anos no tratamento da aids, permitindo assim aos pacientes não ter de tomar um remédio diário.
O chefe de Doenças Infecciosas e aids do Hospital Clínic de Barcelona, na Espanha, Josep María Gatell, explicou nesta sexta-feira que "a aderência ao tratamento é um dos principais problemas da doença", já que alguns pacientes não seguem corretamente as ordens médicas, enquanto "a injeção lhes permitirá seguir o tratamento, melhorando além disso sua qualidade de vida".
Gatell, que apresentou o 22º Simpósio Internacional sobre HIV que será realizado no último fim de semana em Barcelona, disse que "este tratamento ainda não é comercializado, já que se encontra em fase 3 de estudo", embora tenha afirmado que "se tudo correr bem, em meados de 2018 já poderia ser lançado no mercado".
Os fármacos que compõem a injeção, segundo explicou o médico da Unidade de HIV do Hospital Vall d'Hebron de Barcelona, Esteban Ribera, "eram remédios que já existiam, mas que foram reformulados com nanotecnologia, por isso que têm uma liberação mais prolongada" e permitiriam abandonar a necessidade de tomá-los todos os dias.
Por outro lado, Gatell e Ribeira destacaram a importância da detecção precoce da doença, assim como de começar o tratamento imediatamente depois do diagnóstico, já que isto ajuda a lutar melhor contra a doença.
Ao se tratar de uma doença contagiosa, é fundamental "identificar as pessoas que estão infectadas e não o sabem e começar a tratá-las o mais rápido possível" já que, como afirmou Gatell, isto "não só representa um benefício para os próprios afetados, mas também para a Saúde Pública", porque deste modo se reduz o risco de transmissão de forma inconsciente.

Fonte : Site da Revista Exame
http://agenciaaids.com.br/home/noticias/noticia_detalhe/24615#.VuOXn_krKUk
CB