terça-feira, 30 de setembro de 2014

Cura Funcional Dobrando a Esquina?

É uma unanimidade. Todos os pesquisadores acreditam que a cura funcional está próxima.

Confira no vídeo http://www.youtube.com/watch?v=_egsl_ZG_hI&list=UUfbjiMoQiyDsHQkS1LVjNzg&index=1 Trata-se da chamada para o 7º HIV Persistence During Therapy http://www.hiv-persistence.com que acontece em 2015 em Miami,  Florida, EUA.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Diversidade Surpreendente de família de Anticorpo Fornece Pistas Para a Concepção De Uma Vacina Anti-HIV

Mais uma novidade...

http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://www.eatg.org/news/170946/Surprising_diversity_of_antibody_family_provides_clues_for_HIV_vaccine_design&prev=/search%3Fq%3Daids%2Bvaccine%26client%3Dsafari%26rls%3Den%26biw%3D1680%26bih%3D879%26tbs%3Dqdr:d

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Entrevista com Robert Gallo

Colaboração de amigo Flávio, que acompanha o bloguinho, tirada da revista do Conselho Regional de Medicina de SP - CREMESP, Edição 68 - Julho/Agosto/Setembro de 2014

 “Não nos livraremos da última célula infectada”, afirma um dos descobridores do HIV, mas o cientista pondera que é possível se falar em cura funcional da Aids, em curto prazo, ou seja, a quantidade de vírus no organismo ficará tão baixa que dispensará tratamento e não será transmissível

Por Concília Ortona*

O trabalho do cientista ítalo-americano Robert Gallo foi tão essencial no campo da Aids – doença que, desde o início da década de 1980, já matou mais de 36 milhões de pessoas no mundo – que seu nome foi o mais citado, em literatura científica, por mais de uma década.

Tal trajetória de sucesso engloba o fato de sua equipe no Institute of Human Virology, em Maryland, EUA, ter identificado os primeiros retrovírus humanos (vírus com RNA como material genético), o HTLV1 e o HTLV2, e, depois, ter desenvolvido o teste de HIV no sangue, acelerando o diagnóstico de uma epidemia sem precedentes. Engana-se, no entanto, quem relaciona décadas de pesquisa em laboratório a uma personalidade sisuda e calada.

Conhecido por seu carisma e por dizer o que pensa, Gallo mantém essa postura em entrevista exclusiva concedida à Ser Médico, que incluiu questões formuladas pelo infectologista Caio Rosenthal, conselheiro do Cremesp e referência no tratamento da Aids no Brasil. Gallo respondeu tudo sem restrições, mesmo as perguntas delicadas.

Quando indagado, por exemplo, sobre eventual mágoa por não ter sido laureado com o Nobel de Medicina como identificador do HIV, ao lado dos virologistas franceses Luc Montagnier e Françoise Barré-Sinoussi, disparou: “Claro! Desapontado e surpreso!”.

Por outro lado, sua versão busca minimizar as rixas históricas com o cientista do Instituto Pasteur, classificando Montagnier como personagem “quixotesco” como ele próprio, em uma época sem tecnologia de ponta.

 Aos 77 anos e sem planos de aposentadoria, o pesquisador conserva o entusiasmo e a ambição científica de outrora, apostando na cura funcional da Aids em curto prazo (capaz de diminuir a quantidade de vírus no organismo a níveis tão baixos, que dispensará tratamento e não será transmissível); e na vacina desenvolvida por seu grupo, “candidata efetiva na prevenção do HIV”.

Ser Médico – Durante a primeira e parte da segunda décadas da epidemia da Aids, o senhor foi o cientista mais citado em todo o mundo. Tal destaque trazia orgulho ou era um peso sobre seus ombros?

Gallo – Estamos nos referindo ao fato de eu ter sido mencionado com mais frequência por meus pares em literatura científica, não pela mídia, mas ambas as afirmações são verdadeiras: foi motivo de orgulho e um peso. Por um lado, tal reconhecimento traz bons sentimentos, como satisfação, sensação de dever cumprido e de realização profissional. Ao mesmo tempo, ter tanto destaque significa uma visibilidade maior do que seria considerado útil.

SM – Antes da pesquisa do vírus HIV, o senhor trabalhou por décadas na pesquisa do câncer (Gallo decidiu estudar células tumorais ainda na adolescência, quando a irmã de 13 anos morreu de leucemia). Por que a mudança de planos? É mais difícil – e frustrante – dedicar-se à cura da Aids ou do câncer?

Gallo – É quase a mesma coisa. Só que, com o câncer, o desafio é um pouco mais complicado, porque corresponde a muitas doenças diferentes. Com a Aids é possível dedicar-se a uma causa única, individual e uniforme, o HIV. Então há realmente alguma chance de se fazer algo completo. Já com o câncer é preciso tratar cada tipo de tumor como uma doença singular. Um dos desafios é procurar pontos em comum, em meio a um monte de coisas que estamos começando a aprender. Um parêntese: ainda trabalho com câncer. Minha equipe tem grande interesse em tumores cuja incidência é maior em infectados pelo HIV.

SM – Ao se recordar da pandemia da Aids nos anos 80 e 90, qual é o seu sentimento? Alguma vez sentiu-se desesperado ou desesperançado, como boa parte da humanidade?

Gallo – Certamente, pelo menos em alguns momentos de minha carreira me senti assim. Com o HIV, a frustração veio no período de 1982 ao início de 1983, quando tentávamos estabelecer se o tal retrovírus, agora conhecido como HIV, era o causador da Aids. Desde 1982, tínhamos essa suspeita, mas não conseguíamos, de jeito nenhum, chegar ao nexo entre esse agente em particular e a causa da Aids, o que demandou tempo e avanços tecnológicos do nosso laboratório. Sabíamos que facilitaria encontrar tal vínculo o fato de desenvolvermos um exame de sangue capaz de detectar o vírus, porque era o tipo de técnica facilmente reproduzida em todo o mundo, resultando na acumulação gradual de dados. Isso, porém, não aconteceu do dia para a noite, e sim, em cerca de um ano e meio. Tínhamos informações suficientes, mas convencer o mundo não foi nada fácil. A ciência não se move sem a verificação, ou seja, a confirmação dos achados por outros laboratórios. Mas o estresse começou antes mesmo da Aids, quando tentávamos provar que humanos poderiam ser infectados por retrovírus existentes anteriormente à descoberta do HTLV-1 e HTLV-2. Foi um processo longo, difícil e, algumas vezes, frustrante.

SM – Lembra-se do momento em que pensou: “talvez possa vencer esse ‘jogo’” contra o HIV?

Gallo – Sem dúvida, houve um momento-chave em nosso trabalho. Estávamos no outono de 1983, quando aprendemos a produzir, de forma contínua e permanente, cepas de HIV em um sistema de cultura de células. Imediatamente soubemos que, com essa façanha, teríamos condições de produzir a quantidade suficiente de vírus e de disponibilizar um exame de sangue a todo o mundo – o que logo ocorreu. Com esse montante, também poderíamos obter informações genéticas sobre o agente, entendendo seus diversos genes e proteínas.

SM – Poderia dar a sua versão sobre eventuais desentendimentos científicos e/ou pessoais com Luc Montagnier (por anos, os cientistas e os governos de seus países disputaram a “paternidade” do HIV)? Ficou magoado quando ele recebeu o Nobel de Medicina em 2008, em virtude da “descoberta do vírus da Aids”?

Gallo – O comitê do Nobel é composto por quatro ou cinco cavalheiros suecos e, tudo bem, essa foi a decisão deles. Se eu fiquei desapontado? Sim, claro – e muito surpreso. Porém, não reclamo. Vários países têm me honrado com muitos prêmios, ao lado, ou não, do dr. Montagnier. Alguns desses prêmios correspondem a bem mais do que eu consideraria meu justo quinhão vida afora, e incluem o Paul Ehrlich, o maior da Alemanha; o Dan David Prize, o maior de Israel; o grande tributo científico e tecnológico do Japão; o Príncipe das Astúrias, da Espanha; o Gairdner Award, do Canadá; além de dois Albert Lasker de Pesquisa Médica Básica, nos EUA, pelo “entendimento, diagnóstico, prevenção, tratamento e cura de enfermidades”. Nosso grupo, em Maryland, abriu o campo da Aids ao identificar o primeiro e o segundo retrovírus do homem – HTLV-1 e HTLV-2 –, e ao estabelecer a ligação entre o HIV como agente causador da Aids. No início de 1984, isolamos 48 vírus HIV em 48 pacientes diferentes, e fomos capazes de demonstrar que ele era a causa da Aids. Além disso, desenvolvemos o exame de sangue que proporcionou uma grande quantidade de informações adicionais, mostrando que o HIV era a causa da doença. Porém, o artigo de Montagnier e equipe, publicado na revista Science, foi certamente o primeiro a relatar um vírus diferente dos nossos HTLVs. Isto é, precede o nosso na real primeira detecção daquele vírus que, mais tarde, se provaria ser o vírus da Aids. Na verdade, eu e Luc Montagnier tivemos poucos desentendimentos, se é que houve algum. Já publicamos juntos em certas ocasiões, como na Nature; e no New England Journal of Medicine, falando sobre a descoberta do HIV como causador da Aids.

SM – O empenho de cientistas na cura de algumas doenças parece até romântico. Vislumbra algum colega capaz de sucedê-lo, ou a Luc Montagnier, na dedicação pessoal e científica contra a Aids? David Ho (pioneiro no uso de proteases inibidoras – o “coquetel” antiaids) é bom candidato?

Gallo – A resposta à sua pergunta abre possibilidades demais, e mencionar algumas seria extrema especulação de minha parte. David Ho é um cientista clínico rápido e ativo, que faz a pesquisa ir em frente. Deixou suas contribuições em termos de realização de ensaios clínicos com medicamentos disponibilizados pelos laboratórios. Só que o legado dele é de um tipo diferente do meu e de Montagnier. Nossas pesquisas eram mais “quixotescas”, em busca por algo novo. Há alguns poucos grupos que fazem, hoje, estudos assim, contando com tecnologia extremamente superior à que tínhamos. Atual¬mente não há ninguém muito mais jovem do que a gente que irá passar pelo que passamos. Contudo, nos EUA, há tremendos cientistas trabalhando na questão, como Bob Siliciano, na Universidade Johns Hopkins, em Baltimore; e Warner Greene, dos Institutos Gladstone, em São Francisco, Califórnia.

SM – A comunidade científica tem afirmado que a cura para a Aids vai acontecer por volta de 2020. Em nível global, é viável? Por que o senhor crê em “cura funcional” da Aids, mas não em “cura virológica”? Por que o HIV é tão difícil de ser eliminado?

Gallo – Sim, é possível falarmos em cura funcional da Aids – que, na prática, significa que alguém infectado pelo HIV vai conseguir suprimir e manter a supressão do vírus, com a evidência de que não precisará tomar mais remédios. É razoável e, provavelmente, vai acontecer dentro de cinco a dez anos. Entretanto, é uma visão fantasiosa falar em estratégias promissoras para a total cura virológica até 2020. Se algum cientista defender isso, responderei que não sabe do que está falando. É difícil acabar com o HIV porque existem células infectadas de forma latente, de longa duração, impossíveis de ser encontradas, e que, periodicamente, parecem liberar vírus. A impressão é a de que, não importa quão pesada seja a nossa dedicação, tais células continuarão lá – e sempre estarão. Na verdade, a tal cura virológica aparece apenas em teoria, empregando certas modalidades de terapia genética em algumas pessoas selecionadas, e não creio nela de forma definitiva. Enfim, acho que não nos livraremos da última célula infectada, e, para ser franco, nem que isso seja necessário. Não desperdiçaria recursos nessa direção.

SM – Os recursos financeiros fornecidos para as pesquisas em Aids são maiores por parte de empresas farmacêuticas ou de universidades?

Gallo – Nenhum dos dois. Provêm, principalmente, do governo e entidades filantrópicas. No meu caso, dos Institutos Nacionais de Saúde (sigla em inglês, NIH), em Bethesda, Maryland – o mesmo que financia o trabalho da maioria dos cientistas norte-americanos. Em segundo lugar, recebemos da Fundação Bill & Melinda Gates uma verba substancial destinada ao financiamento da pesquisa de vacinas contra o HIV.

SM – No Brasil, como em outras partes do mundo, parece haver um relaxamento da prevenção ao HIV. A divulgação de raríssimos casos de “cura” consegue dar a impressão de que lidar com a Aids é mais fácil do que realmente é?

Gallo – A questão é “há mais complacência em relação à infecção pelo HIV?”. Sim, óbvio, e é compreensível, porque temos uma terapia boa e mais barata, e, nesse sentido, o Brasil contribuiu de forma duradoura. Dito isso, vale enfatizar que, apesar de os antirretrovirais tornarem o problema menor, não o resolvem. O HIV/Aids é uma infecção ainda sem cura. Os soropositivos vivem melhor e por mais tempo, mas ainda carregam um vírus letal, contam com expectativa de vida um pouco mais curta do que as demais pessoas, além de um aumento na incidência de doença cardiovascular e de determinados cânceres. Àqueles que não presenciaram a terrível epidemia de Aids nos anos 80/90, eu diria: sejam cautelosos. Todos ainda estamos em risco de infecção. Se isso acontecer com você, do jeito que as coisas estão agora, terá de tomar medicamentos para o resto de sua vida. Quem quer isso? Alguns dos medicamentos têm efeitos colaterais em longo prazo, embora tenham demonstrado não ser tão ruins como se previa. Mesmo em relação aos indivíduos tratados de forma adequada, a questão está longe de terminar. E olha que há muita gente fora desse padrão. Uma estimativa nos EUA apontou que, mesmo com todo o nosso cuidado, apenas cerca de 20% aderem às drogas e recebem a terapia correta.

SM – A Aids sempre foi fonte de preconceito. Houve mudanças de atitude em relação a isso?

Gallo – Sim, houve. Entre as coisas boas tiradas dessa história horrível de Aids estão o aumento da compreensão quanto às diferenças na sexualidade das pessoas; das diferenças dos povos do Norte e do Sul; maior cooperação entre nós, e maior atenção aos direitos das mulheres.

SM – O senhor falou da cooperação do Brasil na luta contra a Aids. Por que razão, então, recomendou “cautela”, quando o País ameaçou quebrar as patentes de antirretrovirais (o que fez em 2007, com o Efavirenz, do laboratório Merck)?

Gallo – Dizer que se está quebrando patentes parece algo sagrado e heroico, a fim de ajudar as pessoas. Dá até para entender que, às vezes, seja necessário para os mais pobres, bem como dá para compreender a promoção de medicamentos genéricos, que considero passos na direção certa. Mas as patentes têm um propósito: foram introduzidas com o objetivo de proteger as descobertas, para que se possa recuperar o dinheiro empregado. Tendem a garantir alguma justiça e, por isso, nunca recomendaria quebras corriqueiras. Precisamos ter respeito pelas leis internacionais. Se começarem a ser quebradas como se fosse algo normal, seria necessário pensar no que isso faria à indústria farmacêutica, que estaria perdida, iria à falência, perderia a capacidade de desenvolver terapias contra diferentes doenças. Portanto, quando digo que temos de ser cautelosos, significa que não se pode querer destruir o interesse das indústrias farmacêuticas em desenvolver terapias contra doenças em seres humanos.

SM – O senhor está com 77 anos e não pretende se aposentar. No que está trabalhando? Qual sua ambição científica atual?

Gallo – Como liderança, gostaria de deixar como legado um instituto excepcionalmente bom, na Universidade de Maryland, que ajudei a fundar, e o Global Virus Network (GVN), o qual cofundei há apenas três anos, e que, no Brasil, tem um centro de excelência do qual participam, em conjunto, o Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz-1); o René Rachou (Fiocruz -2); e o Instituto Carlos Chagas (Fiocruz-5). Quanto à minha ambição em laboratório, quero uma compreensão maior sobre as causas infecciosas do câncer. Eu e meus colegas já descobrimos, até agora, cinco tipos diferentes de vírus envolvidos na ocorrência de tumores malignos humanos. E tenho uma meta em relação à Aids: gostaria de ver a cura funcional da doença, e que o meu instituto contribuísse para isso. Vou mais adiante: espero que a nossa candidata à vacina preventiva, cujos testes clínicos devem se iniciar até o fim do ano, demonstre-se verdadeiramente bem-sucedida.

SM – Para finalizar: certa vez o senhor afirmou ter saído da faculdade “completamente despreparado para lidar com o mundo da grande ciência e da política”. O que quis dizer?

Gallo – Como a maioria dos jovens médicos, simplesmente fui parar na universidade sem ter com o que me preocupar; sem, quase nunca, ter trabalhado, já que tive a sorte de contar com um pai que fez muito por mim. Estava interessado em hematologia e câncer e, após um longo perío¬do de treinamento, cheguei ao National Cancer Institute, onde atuei em enfermarias e, finalmente, em tempo integral, em pesquisas de laboratório. Pode imaginar como minhas experiências no mundo real eram pequenas? De repente, me vejo pesquisando uma doença imensa e mortal, por meio da qual estava lidando com pacientes. Em seguida, encontrando ativistas. Depois, políticos. Na sequência, pessoas famosas. Então sou atraído ao mundo dos advogados, em relação a problemas relativos a patentes. Não se pode ser um especialista em tudo, apenas em algumas coisas e, de repente, minha opinião começou a ser solicitada a respeito de temas nos quais não tinha nem ideia. Pode imaginar como tudo isso pode ser um pouco assustador?

 *Jornalista do Centro de Bioética do Cremesp, especialista em Bioética e mestre em Saúde Pública (USP)

terça-feira, 23 de setembro de 2014

HIV R4P


HIV R4P 2014 é uma reunião científica dedicada exclusivamente à pesquisa biomédica de prevenção ao HIV, que acontece entre 27 e 31 de outubro na Cidade do Cabo, Africa do Sul. 
Alguns temas que serão abordados:

  • End AIDS: Vacinas e a Cura para o HIV: abordagem sobre anticorpos amplamente neutralizastes (bNAbs).
  • Coortes de Infecção Precoce: Insights para Design de Vacinas e Outras Intervenções


Confira em:  https://translate.googleusercontent.com/translate_c?depth=1&hl=pt-BR&prev=/search%3Fq%3Daids%2Bvaccine%26client%3Dsafari%26rls%3Den%26biw%3D1680%26bih%3D879%26tbs%3Dqdr:d&rurl=translate.google.com.br&sl=en&u=http://hivr4p.org/program/satellite-sessions&usg=ALkJrhhtSszP50jTjY8Q1-PV6jZte1zvXA#Help-end-AIDS-together

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

VIP: Nova forma de prevenir a propagação do HIV e outras doenças

Pesquisadores estão adotando uma técnica para tentar proteção contra infecções. O método, chamado VIP, foi originalmente concebido para desencadear resposta imune ao HIV e, devido ao sucesso em testes, avança para aplicação em estudos contra gripe, malária, hepatite c e tuberculose.

Em 2011, o grupo de pesquisadores liderados por David Baltimore, vencedor do premio Nobel, relatou na revista Nature sua técnica para entregar anticorpos efetivamente protegeu ratos da infecção pelo HIV. 
"Nós esperávamos que em algumas doses os anticorpos não seriam suficientes para proteger os ratos, o que não aconteceu mesmo quando deram aos roedores 100 vezes mais HIV do que seria necessário para infectar sete dos oito camundongos. Todas as exposições neste trabalho foram significativamente maiores do que aconteceria em humanos"
Na época, os pesquisadores disseram que foram incentivados pelos altos níveis de anticorpos gerados em ratos que els foram capazes de produzir após uma única injeção e também de como os roedores foram protegidos da infecção pelo HIV durante meses. 
A equipe de Baltimore está agora trabalhando para produzir materiais necessários para testes clínicos em humanos, que serão realizados pelo Centro de Pesquisa de Vacinas do Instituto Nacional de Saúde.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Edição Genética e a Cura do HIV

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Francisco, desenvolveram um método para criar resistência ao HIV editando os genes de um tipo de células chamadas células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs).
Pesquisas anteriores já haviam revelado que cerca de 1% das pessoas de ascendência européia têm uma mutação genética que altera o gene CCR5, uma proteína que o vírus deve anexar antes de atacar as células brancas do sangue. A mutação cria proteínas deformadas que impedem que o vírus seja capaz de entrar nas células brancas do sangue, de forma eficaz, fornecendo resistência ao HIV.
A equipe de UCSF, liderada por Yuet Kan, MD, usou o sistema CRISPR-Cas9, um método de edição genoma altamente eficiente para "cortar" segmentos de DNA específicos nestas células-tronco e substituí-los com a mutação. IPSCs têm potencial para crescer em qualquer tipo de célula no corpo. Os glóbulos brancos, crescidos desta forma mutante de células estaminais, poderiam, teoricamente, funcionar como terapia gênica personalizada.
No entanto, o desenvolvimento de um tipo de tratamento para uso no mundo real vai levar algum tempo. Atualmente, Kan está lutando com a forma de transplantar este tipo de células-tronco em pacientes.
"Um dos problemas é a conversão de iPSCs em um tipo de célula que é transplantada," diz Kan à New Scientist. Em vez de crescer as iPSCs para as células T CD4, que são invadidas pelo HIV, Kan planeja transformá-las em células-tronco formadoras de sangue, de modo que elas gerem todas as várias células encontradas no sistema circulatório.
Ainda assim, esta tática, também conhecida como edição de genes ou terapia genética, tem um grande potencial e poderia ser usada para desenvolver uma cura para o HIV entre três anos, no mínimo, e dez, no máximo", diz Jeffrey Steinberg, MD, pesquisador e fundador dos Institutos de fertilidade.
Na verdade, a edição de genes poderia ser usada para tratar uma série de infecções virais, incluindo meningite, varíola e Ebola, se os reguladores federais, como a Food and Drug Administration "tirassem as algemas médicas", diz ele.
Na opinião de Steinberg, um dos principais obstáculos para o desenvolvimento deste tratamento é a relutância dos órgãos federais para permitir a modificação genética de seres humanos. Processos regulatórios modernos, embora essencial, também pode inibir o avanço das pesquisas, diz Steinberg. "Alguém tem que dar fazer o governo a prestar atenção a esses avanços." Atualmente, os reguladores ainda precisam ser convencidos da segurança da manipulação de células geneticamente, um passo obrigatório na criação da mutação que protege uma pessoa do HIV.
"Essa derrota do vírus é conhecido. Isso não é mais sequer uma questão", diz ele. "A questão é: Como você consegue alguém para que você possa colocá-lo dentro do DNA de modo que as pessoas podem começar [derrotar o vírus] para si mesmos?"
Atualmente, os Estados Unidos estão olhando para o Reino Unido, que poderá em breve tornar-se o primeiro país do mundo a permitir um tipo inovador de terapia genética, neste caso, como um meio de combater a doença mitocondrial, uma condição debilitante e às vezes fatal que é passado às crianças por suas mães. A técnica em debate no Reino Unido envolve a troca de DNA entre doadoras de óvulos sem a doença e as mulheres que o tem, no intuito de permitir a elas que tenham filhos saudáveis. Isso também evitaria futuras gerações de adquirir a doença genética, mas qualquer efeito negativo, devido a alterações no DNA, seria repassado, de modo que é um fator para que as autoridades considerar se vão permitir a aplicação dessa terapia.
No entanto, Steinberg espera que os EUA irão assumir a liderança no avanço da terapia genética e fornecer mais recursos e financiamento para instituições como a UCSF para continuar o desenvolvimento de terapia genética e "dar às vítimas de HIV a capacidade de combater o vírus e erradica-lo". Ele acredita que a terapia genética, mais do que vacinas ou medicamentos orais, tem o maior potencial como uma cura para o HIV. E seu desenvolvimento está ao alcance do mundo.
"Estou muito, muito animado com isso", diz Steinberg. "É como o desenvolvimento de uma vacina contra a varíola. Pense nas inúmeras vidas que foram salvas. E o potencial está lá".
Fonte: http://www.hivplusmag.com/research/2014/09/16/can-gene-editing-cure-hiv

sábado, 13 de setembro de 2014

Professor Dennis Burton: Em Busca de uma vacina eficaz para HIV/AIDS

Novamente a história dos anticorpos amplamente neutralizastes. Isso promete :-D

Animador ler que "no ano passado, o laboratório de Burton trabalhou com o laboratório de Dan Barouch na Harvard Medical School e relatou que infusões de anticorpos anti-HIV amplamente neutralizantes quase acabaram com um vírus semelhante ao HIV em macacos rhesus infectados. Os dois laboratórios estão agora a investigar a possibilidade de utilizar uma mistura de tais anticorpos, juntamente com os medicamentos anti-HIV e, talvez, uma vacina de células T, no intuito de limpar o vírus a partir de todos os seus reservatórios no corpo"

Confira em:

http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=en&u=http://www.scripps.edu/newsandviews/e_20140915/burton.html&prev=/search%3Fq%3Daids%2Bvaccine%26client%3Dsafari%26rls%3Den%26biw%3D1680%26bih%3D901%26tbs%3Dqdr:d

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Logotipo Para o Nosso Bloguinho

Gostaram do logotipo criado pelo Camillo para esse nosso bloguinho? Ficou muito bacana, não é?

Valeu, Camillo! você é o cara! :-D

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Um Péssimo Ano para a Cura do HIV?

O site  americano The Body Pro fez uma enquente com 10 importantes estudiosos de HIV/AIDS no intuito de saber o que eles achavam sobre 2014 em termos de avanços para a cura.

Confira as respostas em:  http://www.thebodypro.com/content/74961/a-bad-year-for-hiv-cure-research-experts-mix-reali.html

Obs. Embora a maioria não é animadora, prefiro acreditar nas respostas dos últimos entrevistados (sim, eu acredito que vamos chegar lá!)

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Estudo piloto do Dr. Ostrowski: Vacina terapêutica contra HIV para soropositivos tratados precocemente

O estudo piloto como prova de conceito (CTNPT 020) vai testar uma vacina de DNA terapêutico entregue via eletroporação (um pulso elétrico) com o objetivo de levar a uma diminuição dos reservatórios virais do HIV e a reconstrução imunológica.

Os pesquisadores do estudo irão testa-la em soropositivos que iniciaram a terapia anti-retroviral no prazo de 6 meses do resultado de reagente para o HIV, a fim de avaliar o impacto da vacina em pessoas que têm  reservatório do vírus relativamente baixo.

Este estudo vai ajudar os pesquisadores a determinar se o regime de vacinação proposto deve ser levado a um ensaio de eficácia maior, que incorporaria as interrupções de tratamento, ou se esquemas vacinais mais intensivos devem ser testados.

Os pesquisadores também vão coletar questões relacionadas ao recrutamento qualitativo de dados e experiência para avaliar a viabilidade de testes maiores de vacinas desta natureza.

Mais informações em:

http://www.hivnet.ubc.ca/home/

https://www.youtube.com/watch?v=Zyt8zCfmqCw

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Terapia genética pode ser chave para cura do HIV

Imunoterapia inovadora oferece uma nova e promissora estratégia para combater o HIV, tornando possível aos soropositivos suprimir o vírus, mesmo após a interrupção do tratamento medicamentoso.

A biofarmacêutica Argos Therapeutics apresentou os resultados de ensaios clínicos para a terapia AGS-004 no início deste ano na Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas, em Boston. A empresa relata que alguns participantes do estudo passaram meses sem medicação e permaneceram indetectáveis.

AGS-004 imuniza o paciente para o HIV por induzir o sistema imunitário a gerar células T de memória anti-VIH, pois essas células podem persistir a longo prazo e o sistema imunológico é capaz de segurar carga viral por longos períodos. 

A idéia por trás do tratamento pioneiro é o de estabelecer uma resposta imune "que tem algum poder de permanência e que pode se auto-persistir com a esperança de ter um benefício clínico por mais tempo", diz Charles Nicolette, Ph.D., diretor científico da Argos Therapeutics e vice- presidente de pesquisa e desenvolvimento.

A pesquisa Argos oferece razão para otimismo. Durante os ensaios clínicos de Fase IIa, os pesquisadores pararam a terapia antirretroviral em pacientes com HIV, durante 12 semanas. Com a ajuda da AGS-004, cerca de 70% dos pacientes desenvolveu uma resposta imunitária que lhes permitiu manter cargas virais indetectáveis ​​durante longos períodos de tempo.

Além disso, um estudo separado por David Margolis e sua equipe da Universidade da Carolina do Norte, com foco em pacientes com infecção aguda pelo HIV, produziu resultados ainda mais promissores. Quando administrado a seis doentes que tinham começado o tratamento antiretroviral no prazo de 45 dias de infecção primária pelo HIV, AGS-004 foi capaz de induzir respostas imunes em todos os pacientes, um dos quais manteve controle viral, enquanto em tratamento, há quase nove meses. 

Estes resultados indicam que um indivíduo saudável é, de um ponto de vista imunológico, o mais provável a gerar resposta desejada contra o vírus após a terapia AGS-004.

Os pesquisadores dizem que AGS-004 é eficaz porque, ao contrário de outras terapias, é personalizado. Pessoas com HIV podem ter infecções descontroladamente diferentes. "O HIV persiste tão bem e é tão eficaz devido à sua alta freqüência de mutação", observa Nicolette. "Por ser alterado de forma contínua, a diversidade de espécies virais, que existe num paciente que tenha sido infectado por um longo período de tempo, é enorme. Nós queríamos fazer a pergunta: se combinarmos imunoterapia com as próprias mutações virais específicas do paciente, podemos mediar algum benefício clínico?"

A terapia envolve a tomada de uma pequena amostra de plasma sanguíneo de um paciente e as células dendríticas, que são capazes de ativar as células T. A amostra é utilizada para isolar o material genético que representa a infecção do paciente e, em seguida, programar as células dendríticas para atingir antigénios ou geradores de anticorpos. Estas células são, em seguida, misturadas com o plasma e injetadas no paciente, com a expectativa de que elas vão tornar as células T propícias a combater uma versão particular do vírus do paciente.

A Argos vai dar continuidade em ensaios clínicos, sendo um deles previsto para acontecer junto a jovens com HIV que estão em terapia anti-retroviral desde o nascimento. Outro estudo em andamento visa erradicar o vírus em pacientes usando AGS-004, em conjunto com a terapia antilatente, que tem como alvo o HIV dormente no corpo.

Mas o métedo é uma cura? "Obviamente ainda é muito cedo para afirmar", diz Nicolette. "Mas mesmo um sucesso parcial em mostrar a diminuição do número de células infectadas de forma latente em pacientes, seria um passo em uma direção positiva."


Fonte: http://www.hivplusmag.com/treatment/research-breakthroughs/2014/09/04/gene-therapy-may-hold-key-hiv-cure-if-government-allows-

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

ENCONTRADO MAIS UM POTENTE ANTI-CORPO ANTI-HIV

O anti-corpo  descoberto pelo estudo dos autores Mark Connors e Jinghe Huang, ambos do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas,NIAID, é excepcionalmente potente na neutralização de uma ampla gama de estirpes do HIV. É o sétimo ponto fraco do HIV encontrado até agora e o terceiro descoberto este ano.

Chamado 35O22, o anticorpo impede 62% das cepas de HIV de infectar as células, conforme testes em laboratório.
Além disso, os anticorpos neutralizantes semelhantes ao 35O22 são bastante comuns entre pessoas HIV-positivas, indicando que eles são relativamente fáceis de desenvolver. Isto aumenta a probabilidade de que tais anticorpos podem ser induzidos por vacinação.
Confira nos links:

Louis Picker recebe US$25 millhoes da Fundação Gates para pesquisa de vacina anti-HIV

Confira no link:

http://www.oregonlive.com/health/index.ssf/2014/09/oregon_health_science_universi_31.html~

Essa é a vacina que em 2013 curou metade dos macacos infectados com a versão símia do HIV.

O pesquisador acha bastante provável que a versão humana da vacina vai conseguir resultados semelhantes. 

Se for bem sucedido, a vacina estaria  disponível comercialmente em 2024.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Atualização de Pesquisas

Confira no link da T.A.G a mais recente atualização das pesquisas de vacinas, novas TARVs, entre outros assuntos:

http://www.treatmentactiongroup.org/cure/trials

Interessante perceber a quantidade de vacinas terapêuticas que estão na fase II. 

Todos na torcida para que alguma delas prossiga para fase III!

Ecos de Melbourne

Nesta quinta-feira (4 de setembro) às 14h, o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde realiza o Ecos de Melbourne, uma apresentação ao vivo com um balanço do que foi  discutido na 20ª Conferência Internacional de Aids.  
Na programação, o diretor Fábio Mesquita irá mostrar os principais pontos como também dialogará sobre participação brasileira, os destaques científicos da conferência, a incidência política do Brasil e os principais documentos lançados por lá.
Para assistir, acesse www.aids.gov.br/mediacenter
Para enviar a sua pergunta, escreva para informacoes@aids.gov.br
Eu, Pos. Vibe, mandei as seguintes perguntas:
1) Quando todos os brasileiros que fazem uso da combinação lamivudina, efavirenz e tenofovir terão a dose única combinada em um único comprimido?
2) Por quê nos estados do Rio Grande do Sul e Amazonas a dose única é oferecida apenas aos soropositivos diagnosticados a partir de julho de 2014?

3) Quando teremos no Brasil drogas mais potentes e modernas, como Dolutegravir? Afinal, se o objetivo é diagnosticar e tratar, é bem mais inteligente o fazer com medicamentos mais modernos e eficazes.

Se alguém tiver outras, mande também :-D