quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Em 5 anos, testes em humanos com células-tronco geneticamente modificadas

Gerhard Bauer, pesquisador americano e especialista em células-tronco "mãe", anunciou, durante o 50º Congresso da Sociedade Americana de Hematologia (ASH), em San Francisco, que testes em humanos, portadores de HIV, baseados em células-tronco geneticamente modificadas, devem ocorrer em 5 anos. 
Bauer tem trabalhado nos últimos 10 anos em células-tronco modificadas, que poderiam reparar sistemas imunológicos comprometidos em pacientes com HIV. "Por esta razão, o aparente sucesso obtido por pesquisadores alemães em um paciente americano com AIDS e leucemia reforça a idéia de que estamos no caminho certo."
No mês passado, os pesquisadores alemães anunciaram que um paciente foi submetido a um transplante de medula óssea, tendo a introdução de células-tronco retiradas de um doador com uma imunidade natural ao HIV. Após o procedimento, o homem viveu por 20 meses sem nenhum sinal do vírus. 
"O resultado não me surpreende", acrescentou Bauer, que é diretor do Instituto UC Davis para  Curas Regenerativas, em Sacramento, durante a apresentação de resultados preliminares, obtidos em camundongos, durante o Congresso. O pesquisador anunciou os primeiros testes em humanos dentro de cinco anos.
O modelo animal desenvolvido por Bauer, permitiu a experimentação de uma nova terapia genética. "O caso da Alemanha é nada mais do que a terapia genética. Nós estamos trabalhando em algo similar. Queremos modificar geneticamente células-tronco para reproduzir ou imitar a imunidade natural ao vírus da AIDS. Neste sentido, o que aconteceu na Alemanha, sugere que a engenharia genética de células-tronco poderia ser o caminho certo para a cura de doenças."
Os cientistas coordenados por Bauer retiram células da pele de pacientes e as transformam em células-tronco semelhantes as existes em pessoas resistentes ao vírus. As células obtidas desta maneira, denominadas células estaminais pluripotentes induzidas são capazes de se diferenciar de vários outros tipos de células, inclusive das células estaminais hematopoiéticas, que estão presentes na medula óssea e que desenvolvem as células do sistema imunitário.
Bauer disse que "se somos capazes de substituir as células do sistema imunológico normal pelas células do sistema imunológico resistentes ao HIV"  o procedimento resultará na cura da AIDS. " Se o projeto de pesquisa permitir o desenvolvimento de vários genes anti-HIV, será inserido nas células-tronco pluripotentes, induzidas através de terapia genética e de vetores virais.
O objetivo final é, no futuro próximo, a utilização dessas células manipuladas para evitar,por exemplo, problemas com rejeições que podem ocorrer em transplantes."
Confirna no link http://vimeo.com/2568476 um vídeo sobre como é feita a transformação das células normais em versões resistentes ao HIV.

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