terça-feira, 22 de julho de 2014

Progresso rumo a uma vacina terapêutica contra o HIV

Pesquisadores que apoiam a francesa Biosantech apresentaram na Conferência Internacional de Aids 2014, em Melbourne, Austrália, avanços nas pesquisas da empresa.

Encontrar uma vacina terapêutica para o HIV iria melhorar drasticamente a vida das pessoas que vivem com o vírus, reduzindo o custo e a dificuldade de tratamento.


A Biosantech conta com o apoio do CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Científica, França) e da Universidade de Aix-Marseille para o desenvolvimento de uma vacina terapêutica.  Sua vacina, denomidada Tat Oyi, está atualmente na fase IIa de ensaios clínicos, na  França, e os pacientes  respondem positivamente ao tratamento. Os resultados positivos incluem:

·         Pacientes mantiveram viremia estável (controle da presença do vírus no sangue) por pelo menos dois meses sem tomar tratamentos anti-retrovirais;

·         Nenhuma toxicidade ou efeitos colaterais;

·         Imunidade restaurada e permanência da carga viral indetectável quando os pacientes pararam o tratamento anti-retroviral;

·         A vacina tem atuado em cinco diferentes cepas do vírus. 

O projeto envolve dois pesquisadores de renome mundial, o professor Jean Claude Chermann, do Instituto Pasteur (França),  e que fez parte da equipe que ajudou a isolar o vírus HIV pela primeira vez, em 1983, e Professor Mark Wainberg (Canadá), quem primeiro identificou a 3TC como uma droga anti-viral.

A pesquisa também está relacionada com estudos do Professor Donatien Mavoungou, do Gabão*,  membro convidado da Universidade McGill, no Canadá. Mavoungou está pesquisando a Immnunorex, uma nova droga para inibição viral célula-célula, e que tem o potencial para tratar e prevenir co-infecções, doenças cardiovasculares, demência e doenças malignas induzidas e reforçadas por HIV, além de evitar mutações do HIV que levam à resistência aos anti-retrovirais  e a falha de vacinas. A ideia é que o produto deve ser administrado em conjunto com a vacina contra a proteína Tat Oyi.

* No final dos anos 90, não havia, em um grupo de 25 mulheres do Gabão, sinais de HIV mesmo após o diagnóstico, pelo fato de não apresentarem a proteína  Tat (Transativador de Transcrição Viral), que nos soropositivos protege as células infectadas, fazendo com que o organismo não consiga reconhecê-las e neutralizá-las.


http://medianet.com.au/releases/release-details?id=806573

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