Pesquisadores que apoiam
a francesa Biosantech apresentaram na Conferência Internacional de
Aids 2014, em Melbourne, Austrália, avanços nas pesquisas da empresa.
Encontrar uma vacina
terapêutica para o HIV iria melhorar drasticamente a vida das pessoas que vivem
com o vírus, reduzindo o custo e a dificuldade de tratamento.
A Biosantech conta
com o apoio do CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Científica, França) e da Universidade
de Aix-Marseille para o desenvolvimento de uma vacina terapêutica. Sua vacina, denomidada Tat Oyi, está
atualmente na fase IIa de ensaios clínicos, na França, e os pacientes respondem positivamente ao tratamento. Os
resultados positivos incluem:
·
Pacientes mantiveram
viremia estável (controle da presença do vírus no sangue) por pelo menos dois
meses sem tomar tratamentos anti-retrovirais;
·
Nenhuma toxicidade ou
efeitos colaterais;
·
Imunidade restaurada
e permanência da carga viral indetectável quando os pacientes pararam o
tratamento anti-retroviral;
·
A vacina tem atuado
em cinco diferentes cepas do vírus.
O projeto envolve dois
pesquisadores de renome mundial, o professor Jean Claude Chermann, do Instituto
Pasteur (França), e que fez parte da
equipe que ajudou a isolar o vírus HIV pela primeira vez, em 1983, e Professor
Mark Wainberg (Canadá), quem primeiro identificou a 3TC como uma droga
anti-viral.
A pesquisa também está
relacionada com estudos do Professor Donatien Mavoungou, do Gabão*, membro convidado da Universidade McGill, no
Canadá. Mavoungou está pesquisando a Immnunorex, uma nova droga para inibição viral
célula-célula, e que tem o potencial para tratar e prevenir co-infecções,
doenças cardiovasculares, demência e doenças malignas induzidas e reforçadas
por HIV, além de evitar mutações do HIV que levam à resistência aos
anti-retrovirais e a falha de vacinas. A
ideia é que o produto deve ser administrado em conjunto com a vacina contra a proteína
Tat Oyi.
* No final dos anos
90, não havia, em um grupo de 25 mulheres do Gabão, sinais de HIV mesmo após o diagnóstico,
pelo fato de não apresentarem a proteína Tat (Transativador de Transcrição Viral), que
nos soropositivos protege as células infectadas, fazendo com que o organismo
não consiga reconhecê-las e neutralizá-las.
http://medianet.com.au/releases/release-details?id=806573
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